segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Do orçamento de estado

Na última quarta-feira, 31 de Outubro, houve espectáculo televisivo do melhor, com muita pena minha não pude usufruir de tal entretenimento, contudo não posso retirar algumas ilações do que se passou nesse dia.
 Como todos sabemos o orçamento de estado tem gerado muita polémica e eu não podia deixar de constatar alguns pormenores do que passa neste país ainda pouco revoltado.
Se eu não me engano, o nosso parlamento é composto por 230 deputados, parece-me que são demais para aquilo que fazem mas adiante (eu falarei outro dia), e como eu não tive paciência nem tempo para os contar porque preciso de trabalhar para pagar as despesas desses ditos 230 seres pouco produtivos, foi confirmar após a aprovação do orçamento, e de facto, seria de estranhar que estivessem todos os “caramelos dentro do saco das gomas”, então não é que só estiveram presentes 222 dos acima mencionados, sim eu até posso concordar em serem apenas 8 faltas mas mesmo assim, parece-me que num dia tão importante, no dia de discussão de um documento tão importante, faltaram 8 pessoas, peço desculpa mas não posso concordar em tal acontecimento, nem que fosse apenas uma, só pelo simples facto de darem o exemplo de sacrifício que pedem á sociedade.
Um outro aspecto que não pode deixar de perceber foi uma pequena, muito pequena alteração no calendário da dita discussão. Se bem me recordo os dias de debate no parlamento são á sexta, e o passado dia 31 de Outubro foi uma quarta-feira, não querendo insinuar nada em concreto parece-me que dois dias depois, o dia depois do feriado, as únicas pessoas que andavam no parlamento eram as mulheres da limpeza, ou será só impressão minha?! Não vou teimar.
Estes dois pequenos pontos que enumerei parecem-me já motivo para achar que há qualquer coisa que eu ainda não percebi muito bem quanto aos sacrifícios pedidos pelo nosso governo, será que nós, trabalhadores em geral, podemos agir da mesma maneira que eles?!
Comecei este texto por fazer referência a um espectáculo televisivo, e ainda não me prenunciei sobre este ponto em particular, que diga-se passa a ser o terceiro.
Quem os ouve falar percebe que eles estudaram a lição toda e que estão cheios de boas intenções, o que eu percebi é que, o único problema destes burros de fato é a falta de memória. Todo o tempo que aqueles senhores passam sentados no parlamento, passam-no a discutir e a ouvir discutir sobre os mais diversificados assuntos, começando pelas despesas e cortes e mais isto e mais aquilo, sempre com uma única direcção, o governo, que obviamente não são santos mas são os que lá estão, ora é o PS a atacar o governo, ora é o PSD/CDS a responder, ora é o CDS a disparar ora é o PSD/CDS a retaliar, ora é o BE a insinuar, ora é p PSD/CDS a desmentir. Antes de mais não me parece, de todo, a melhor maneira de debater seja o que for muito menos um orçamento de estado, além disso, a condição em que o país se encontra é culpa de todos eles, seja laranja, rosa, vermelho, verde, etc., são todos iguais portanto, o meu conselho é juntem as vossas lindas cabeças e pensei numa solução para o país, imaginem e ponham em prática, parece-me que o país necessita mais de união do que de guerras mesquinhas pelo melhor lugar no poleiro.
Eu não sei que vai ser deste país se continuarmos a agredirmo-nos uns aos outros, numa contínua diz-que-disse. Fazer cair o governo não parece sensato numa altura em que o país não tem dinheiro nem para comprar Renault’s Clio para os deputados.
Com tudo isto lá acabaram por aprovar o dito orçamento que irá ainda dar muito que falar, pois me parece que os 230 burros de que vos falei vão continuar com imunidade aos cortes orçamentais. Deve ser pela falta de regalias que já têm.
Mais uma vez sejam bem-vindos… 

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